Confira a análise da 6ª rodada do campeonato português, destaques e resultados.
Destaque para o jogo entre Porto e Sporting. Leia e saiba tudo que aconteceu nesta rodada do campeonato português, quais jogadores foram decisivos, os resultados e a crônica completa de cada jogo.
Por: Francisco Bacelar Costa
FC Porto 2 vs 0
Sporting
Homem
do jogo: Jackson Martínez – Mais pelo grande golo do
que pela exibição, decidiu o jogo com um gesto técnico digno de um craque, não
é Falcao, mas também sabe voar!
FC
Porto:
O Porto entrou com grande agressividade e
velocidade, procurou exaustivamente o gol até o mesmo aparecer, a garra demonstrada
pelos Dragões foi suficiente para o passe de morte com o pé esquerdo do
brasileiro Danilo colocar Jackson em boa posição, que com uma recepção com a coxa e uma
finalização de calcanhar bateu Rui Patrício;
Após o golo, os Dragões adormeceram e o
Sporting foi se superiorizando ao longo do jogo, mas nunca tendo grande
perigo, a destacar a grande coesão defensiva dos Dragões;
Vítor Pereira viu-se obrigado a mexer na
equipa bem cedo, com a lesão de Maicon, mas olhando para as outras
substituições, muito bem no momento de tirar Varela e colocar Atsu para
desequilibrar, e muito bem também ao tirar Lucho exausto, e colocar Defour para
jogar no 4x2x3x1, com James na posição “10”, Defour pela direita e Atsu pela
esquerda;
Alex Sandro também saiu lesionado
obrigando os bicampeões a jogar com 10 até ao fim do jogo;
Sporting
CP:
Os leões entraram com garra, mas que não
foi suficiente para não sofrer o gol de Jackson;
Rojo e Boulahrouz entraram sempre com
excesso de vontade nos lances e desde o inicio se sentiu que os jogadores
Sportinguistas estavam muito instáveis psicologicamente;
Ao contrário do esperado, os leões desde
o minuto 20 aproximadamente que começaram a pressionar o Porto alto, subindo o
bloco e tentando assumir jogo, faltando sempre o elo de ligação com o atacante;
Izmailov sai de campo já com o Sporting em
decréscimo exibicional e com falhas na própria organização da equipa em campo, a
saída do maestro da equipa deu espaço para que o Porto ganhasse margem de
manobra e se aproximasse da área dos leões;
As substituições feitas por Oceano Cruz
(treinador interino dos leões) não foram de todo o modo estapafúrdias. Tirar
Izmailov, foi mesmo necessário para o meio-campo, a saída de Carrillo
para a entrada de Jeffrén, para dar outro dinamismo ao ataque, uma vez que o
Peruano esteve bastante apagado, e a entrada de Viola foi em desespero de causa, uma maneira de apostar tudo.
SC Braga 4
vs 4 Olhanense
Homem
do jogo: Ivanildo – 2 golos e muito futebol para a
defesa do Braga, saiu e a equipa caiu de forma agressiva no jogo;
Braga:
As duas equipas apresentam o mesmo sistema de
jogo com um 4x2x3x1.
Apresenta-se com algumas mudanças em
relação ao Braga que defrontou os turcos do Galatasaray na terça-feira passada.
Os Guerreiros do Minho, entraram em
campo adormecidos e sem garra, apesar da boa resposta do gol da formação de
Olhão. Sem grande pressão por parte dos meio-campistas,
nota-se alguma displicência dos jogadores.
Com as mexidas na equipa o Braga passou
a um 3x5x2 com Michel apoiando Éder e um jogo muito balanceado para a frente;
Olhanense:
Os homens de Olhão apresentam-se muito
velozes e com muita agressividade na frente de ataque;
Procuram explorar os movimentos
verticais dos alas com muita velocidade;
Jogando em bloco
médio-alto e sem grandes problemas em assumir o jogo.
SL Benfica 2 vs 1 Beira-mar
Homem do jogo: Lima –
Fundamental na ocupação dos espaços, procurou sempre jogo e permitiu que a
equipa se desdobrasse sempre muito bem, fez uma assistência de bandeja para
Rodrigo (que marcou) e outra para Gaitán (que falhou).
SL Benfica:
As subidas
dos laterais permitem que os atacantes procurem jogo atrás, soltando os meio-campistas.
Acabou num
4x2x3x1 com Carlos Martins nas costas de Lima e Enzo Pérez no apoio a Matic; nunca
demonstrou grande agressividade, nem futebol de nota artística como gosta Jesus.
Beira-mar:
No 4x2x3x1,
os aveirenses, mostraram desde o inicio o que queriam para aquele jogo, bloco
baixo, linhas próximas e exploração das transições rápidas, focando muito do
seu jogo no poder físico e de exploração de Abel Camará, que com a subida dos
laterais teve margem de manobra para trabalhar desde as linhas.
Com a
entrada de Tiago Cintra o Beira-mar nunca mudou a sua faceta e procurou sempre
o mesmo estilo, mas agora com um jogador mais fixo, também por isso a entrada
de Dias e Desco para refrescar as costas do ataque.
Homem do jogo: Soudani - Não tanto pela exibição, mas mais pela importância que teve para o resultado final ao bisar.
Académica:
Esperava-se mais desta Académica europeia, a derrota tem muito a ver com o desgaste físico e emocional após a desilusão com o Hapoel Tel Aviv (golo sofrido no último minuto);
Apesar de todo este desgaste, nunca foi uma Académica consistente, e a saída de Cleyton (jogador totalmente prodigioso e de grande qualidade técnica) veio destruir um pouco a estratégia dos estudantes, Ogu, nunca foi um Cleyton, e por isso, a irreverencia e consistência dos estudantes tenha ido “por água a baixo”.
V. Guimarães:
Mais com o coração do que com a cabeça é a frase que melhor descreve o jogo entre Estudantes e Vimaranenses, para o lado dos últimos.
Pouca circulação e muita preocupação em avançar rapidamente no campo, centralizaram muito do seu jogo em Soudani, que resguardado nas costas por Toscano, teve quase sempre espaço para trabalhar a bola. Muita da preocupação de Rui Vitória, viu-se no fato de querer pressionar alto o adversário, passando a um 3x5x2 com Siaka Bamba mais atrasado no terreno, Olimpio e Adoua próximos dos homens que caiam para as alas, Baldé e André, com Ricardo e João Ribeiro mais próximos da área.
Homem do jogo: Adriano Facchini – Mais uma exibição de alto nível do GR dos homens de Barcelos.
Nacional:
O Nacional teve mais posse de bola mas não soube concretizar as oportunidades que não foram muitas, também tendo por azar a grande exibição de Adriano, houve pouca pressão dos médios do Nacional que não permitiram uma circulação competente da bola, juntamente com a fraca rotação dos mesmos.Obrigou Caixinha viu-se obrigado a mudar o sistema, passando a jogar em 3x5x2 com Diego Barcellos nas costas de Keita e Eliandro. Com mais pressão o Gil Vicente se “meteu dentro da área” e sem qualquer problema os homens de Barcelos o fizeram e trouxeram os 3 pontos.
Gil Vicente
Gil muito fiel a seu estilo com um futebol vertical, de transição, explorando a velocidade, defensivamente uma equipa sólida, com um bloco baixo e as linhas muito próximas.Olhando para as substituições operadas por Paulo Alves, nota-se a sua intenção em explorar a transição rápida, refrescando o meio-campo e a frente de ataque.
Homem do jogo: Rafael Miranda, pelo golo que marcou mas também pelo grande jogo que realizou, grande qualidade de passe e capacidade de anular os ataques adversários.
Moreirense:
Assumiu claramente o seu jogo desde o momento em que a partida começou, fiel ao 4x2x3x1, viram-se obrigados a jogar com 10 após a expulsão de Ricardo Ribeiro.
Com muita velocidade nas transiçções (ofensiva e defensiva) privilegiando a mesma pelas laterais, nomeadamente pela esquerda onde se encontrava o jogador mais virtuoso desta equipe, Fábio Espinho.
Defensivamente uma equipa que nunca permitiu ao Marítimo ter muito espaço para jogar e no ataque sempre foi capaz de por os adversários em alerta.
Marítimo:
Os insulares voltaram e a primeira vítima foi o Moreirense, a circulação venenosa que fazem em construção de jogo e as constantes trocas posicionais dos homens do meio-campo, sempre com grande velocidade confundem uma equipa menos atenta.
A qualidade de toque e de transição ofensiva foi sempre de grande qualidade, contando com 2 jogadores ed meio-campo que com qualidade, deixavam a transição ofensiva e passavam para a transição defensiva como experts. O Marítimo que jogava um futebol belíssimo, sendo por vezes a equipa que mostrava o melhor futebol em Portugal, espera-se que o grande trabalho de Pedro Martins continue, até porque a agressividade habitual no Marítimo 2011/2012 está de volta, falta agora afinar a pontaria e temos uma equipa para lutar novamente pela vaga na UCL.
Homem do jogo: Cristiano, não por ter feito um jogo fabuloso ou por ter feito um golo decisivo, mas pela atitude demonstrada ao longo dos 90’, tendo em conta a carga emocional que este jogo lhe poderia absorver do seu foco, grande competência do avançado brasileiro.
Vitória de Setubal:
A grande novidade no onze de José Mota foi mesmo o posicionamento de Ney Santos, que é um lateral direito e viu-se obrigado a jogar mais adiantado e a cumprir uma tarefa que não é a sua, o que fez com grande competência.
Não se pode dizer que o Setúbal assumiu jogo ou deixou o Paços jogar porque parece que houve mais uma preocupação em anular o adversário do que em jogar um bom futebol (comum no campeonato português).
Paços de Ferreira:
Um Paços que iniciou o jogo sem paixão, sem agressividade e esperarando que o Rio Ave tomasse iniciativa; Paulo Fonseca percebeu, ainda que sem grande efeito isso e decidiu mudar o então sistema de jogo da equipa, largando o 4x3x3 tradicional e passando a jogar em 4x2x3x1, com grande tendência ofensiva, com as entradas de Caetano e Luiz Carlos, dois jogadores mais decisivos e velozes que Hurtado e Vítor.
Homem do jogo: João Tomás, fez o seu papel ao marcar dois golos e selar a vitória para os Vilacondenses.
Académica 1 vs 2 V.
Guimarães
Homem do jogo: Soudani - Não tanto pela exibição, mas mais pela importância que teve para o resultado final ao bisar.
Académica:
Esperava-se mais desta Académica europeia, a derrota tem muito a ver com o desgaste físico e emocional após a desilusão com o Hapoel Tel Aviv (golo sofrido no último minuto);
Apesar de todo este desgaste, nunca foi uma Académica consistente, e a saída de Cleyton (jogador totalmente prodigioso e de grande qualidade técnica) veio destruir um pouco a estratégia dos estudantes, Ogu, nunca foi um Cleyton, e por isso, a irreverencia e consistência dos estudantes tenha ido “por água a baixo”.
V. Guimarães:
Mais com o coração do que com a cabeça é a frase que melhor descreve o jogo entre Estudantes e Vimaranenses, para o lado dos últimos.
Pouca circulação e muita preocupação em avançar rapidamente no campo, centralizaram muito do seu jogo em Soudani, que resguardado nas costas por Toscano, teve quase sempre espaço para trabalhar a bola. Muita da preocupação de Rui Vitória, viu-se no fato de querer pressionar alto o adversário, passando a um 3x5x2 com Siaka Bamba mais atrasado no terreno, Olimpio e Adoua próximos dos homens que caiam para as alas, Baldé e André, com Ricardo e João Ribeiro mais próximos da área.
Nacional 0 vs 1 Gil Vicente
Homem do jogo: Adriano Facchini – Mais uma exibição de alto nível do GR dos homens de Barcelos.
Nacional:
O Nacional teve mais posse de bola mas não soube concretizar as oportunidades que não foram muitas, também tendo por azar a grande exibição de Adriano, houve pouca pressão dos médios do Nacional que não permitiram uma circulação competente da bola, juntamente com a fraca rotação dos mesmos.Obrigou Caixinha viu-se obrigado a mudar o sistema, passando a jogar em 3x5x2 com Diego Barcellos nas costas de Keita e Eliandro. Com mais pressão o Gil Vicente se “meteu dentro da área” e sem qualquer problema os homens de Barcelos o fizeram e trouxeram os 3 pontos.
Gil Vicente
Gil muito fiel a seu estilo com um futebol vertical, de transição, explorando a velocidade, defensivamente uma equipa sólida, com um bloco baixo e as linhas muito próximas.Olhando para as substituições operadas por Paulo Alves, nota-se a sua intenção em explorar a transição rápida, refrescando o meio-campo e a frente de ataque.
Moreirense 0 vs 1 Marítimo
Homem do jogo: Rafael Miranda, pelo golo que marcou mas também pelo grande jogo que realizou, grande qualidade de passe e capacidade de anular os ataques adversários.
Moreirense:
Assumiu claramente o seu jogo desde o momento em que a partida começou, fiel ao 4x2x3x1, viram-se obrigados a jogar com 10 após a expulsão de Ricardo Ribeiro.
Com muita velocidade nas transiçções (ofensiva e defensiva) privilegiando a mesma pelas laterais, nomeadamente pela esquerda onde se encontrava o jogador mais virtuoso desta equipe, Fábio Espinho.
Defensivamente uma equipa que nunca permitiu ao Marítimo ter muito espaço para jogar e no ataque sempre foi capaz de por os adversários em alerta.
Marítimo:
Os insulares voltaram e a primeira vítima foi o Moreirense, a circulação venenosa que fazem em construção de jogo e as constantes trocas posicionais dos homens do meio-campo, sempre com grande velocidade confundem uma equipa menos atenta.
A qualidade de toque e de transição ofensiva foi sempre de grande qualidade, contando com 2 jogadores ed meio-campo que com qualidade, deixavam a transição ofensiva e passavam para a transição defensiva como experts. O Marítimo que jogava um futebol belíssimo, sendo por vezes a equipa que mostrava o melhor futebol em Portugal, espera-se que o grande trabalho de Pedro Martins continue, até porque a agressividade habitual no Marítimo 2011/2012 está de volta, falta agora afinar a pontaria e temos uma equipa para lutar novamente pela vaga na UCL.
V. Setúbal
0 vs 0 Paços de Ferreira
Homem do jogo: Cristiano, não por ter feito um jogo fabuloso ou por ter feito um golo decisivo, mas pela atitude demonstrada ao longo dos 90’, tendo em conta a carga emocional que este jogo lhe poderia absorver do seu foco, grande competência do avançado brasileiro.
Vitória de Setubal:
A grande novidade no onze de José Mota foi mesmo o posicionamento de Ney Santos, que é um lateral direito e viu-se obrigado a jogar mais adiantado e a cumprir uma tarefa que não é a sua, o que fez com grande competência.
Não se pode dizer que o Setúbal assumiu jogo ou deixou o Paços jogar porque parece que houve mais uma preocupação em anular o adversário do que em jogar um bom futebol (comum no campeonato português).
Paços de Ferreira:
Um Paços que iniciou o jogo sem paixão, sem agressividade e esperarando que o Rio Ave tomasse iniciativa; Paulo Fonseca percebeu, ainda que sem grande efeito isso e decidiu mudar o então sistema de jogo da equipa, largando o 4x3x3 tradicional e passando a jogar em 4x2x3x1, com grande tendência ofensiva, com as entradas de Caetano e Luiz Carlos, dois jogadores mais decisivos e velozes que Hurtado e Vítor.
Estoril 1 vs 3 Rio Ave
Homem do jogo: João Tomás, fez o seu papel ao marcar dois golos e selar a vitória para os Vilacondenses.
Estoril:
Sem
hipóteses de assumir jogo perante a qualidade dos homens de Nuno Espírito
Santo, resignaram-se e acabaram por baixar o bloco e jogar em transições
rápidas, nunca
foram capazes de ameaçar seriamente a baliza do Rio Ave, apenas o gol foi a
exceção. Com pouco
pressão ao portador da bola, deixaram os visitantes jogarem o seu jogo à vontade.
Rio Ave:
Importância
dos meias na circulação com ambos a buscarem a a bola para colocarem nas alas,
que explorariam o 1x1. Não
fizeram um jogo estrondoso em termos de intensidade nem de circulação, mas
fizeram o suficiente para levar de vencido este Estoril que tem muito a trabalhar para se manter na primeira divisão. As
substituições nada mudaram no sistema e/ou no modelo de jogo, que se manteve
fiel desde o primeiro ao último minuto.
Por: Francisco Bacelar Costa que também escreve na página do facebook: Futebol - relatórios e táticas, clique aqui, para acessar a página.
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