Muitos já esperavam ver essa imagem no fim da Eurocopa de 2012, mas seriam poucos que iriam supor uma vitória tão confortável de 4 x 0 contra a forte Itália.
Já é de longa data que a Itália é conhecida pela sua solidez defensiva, grandes goleiros e um contra-ataque mortal, mas nesse jogo não conseguiram superar a fúria, talvez a história da partida tivesse sido diferente não fosse um gol aos 14 minutos, numa jogada trabalhada no meio campo a bola foi enfiada para Fábregas em velocidade que recebeu sem ângulo e cruzou para D. Silva abrir o placar de cabeça.
Algo que me chamou atenção foi a velocidade e precisão do cruzamento de Fábregas, foi a velocidade do cruzamento que impossibilitou o defensor Italiano de cortar a jogada, ainda chamo a atenção pra agilidade do David Silva para reagir de prontidão e cabecear pro gol, tirando o alcance do goleiro.
Durante a maior parte do primeiro tempo a Itália ainda dominava o jogo, controlando mais a bola e conseguindo um índice de posse de bola superior a espanhola, mesmo assim, o controle de posse de bola não levou a grandes oportunidades de gol, méritos a marcação da Espanha e aos 42 minutos Alba fez o segundo gol aumentando a diferença do placar, e a meu ver, foi o gol que desestabilizou completamente o adversário.
A azurra que tinha gasto a primeira substituição com o defensor por questões físicas, fez as duas substituições restantes antes dos 15 minutos do segundo tempo, ficando sem opções posteriores de mudança.
É um desafio difícil jogar contra um adversário que tem tanta qualidade no passe, e com movimentações táticas ofensivas muito perigosas, quando esse adversário tem vantagem no placar o jogo se torna ainda mais complicado, com os dois gols de vantagem a derrota era uma tendência quase inevitável, nessa situação, o time possuía duas opções: A primeira mantendo o ritmo, ou ainda se defender mais para evitar um goleada, ou a segunda: Partir pro tudo ou nada!
Arriscar tudo. Essa é a atitude necessária para uma final em que se está sendo derrotado, não há um segundo jogo, a Itália se arriscou para conseguir o improvável e assumiu o risco implícito de sofrer uma goleada, o resultado vocês já sabem.
Com uma capacidade criativa forte a Espanha exerceu o seu jogo, tocando a bola e aproveitando os espaços deixados por uma Itália que a cada minuto ficava mais desesperada, toda noção tática do time italiano foi pro espaço, os espanhóis marcarão a saíba de bola desde a intermediária defensiva do adversário, através do toque de bola refinado e da habitual paciência para trabalhar as jogadas os espanhóis não deram chance ao milagre italiano e mataram o jogo com os gols de Fernando Torres e Juan Mata.
E assim, a seleção espanhola escreveu mais um capítulo da história do futebol, curiosamente entre os artilheiros dessa partida estavam os três jogadores que atuam no futebol inglês Juan Mata e Torres (ambos do Chelsea) e Davi Silva (Manchester City, o outro marcador Alba, atuou pelo Valência na última temporada e foi contratato durante a euro pelo Barcelona.
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