1ª rodada da fase de grupos da UEFA Champions League.
Data: 17/09/2013
Bayern de Munique e CSKA disposições táticas posicionais
Introdução ao jogo
O Bayern de Munique tem a difícil tarefa de defender o título de melhor time europeu, mas o caminho escolhido não foi o da estabilidade, aos poucos, o modelo de jogo da equipe Bávara vem se modificando e atendendo ao estilo de jogo e a forma de pensar o futebol do novo treinador. Pep Guardiola tem em mãos um time campeão, dotado de grandes jogadores e com várias opções que vão muito além de 11 titulares, e o que estamos presenciando, é a transformação do Bayern 2012/13 em um Bayern 2013/14 com os traços do Tiki-Taka ficando cada vez mais nítidos.
Jogando como visitante e sem poder contar com o meia Dzagoev e o atacante Doumbia, o CSKA pareceu não estar disposto a jogar agressivamente, isso é, demonstrou aceitar que o Bayern tivesse o domínio da posse de bola, com a intenção de marcar dentro de seu próprio campo, um plano que até poderia dar certo, mas falhou em alguns pontos cruciais desde o início do jogo.
Análise
No meu entendimento, o maior erro do CSKA foi utilizar a marcação suave e distanciada, o time russo até posicionava bem as suas linhas, mas permitiam aos adversários espaços de aproximadamente 2 metros de seus marcadores. O Bayern avançava em bloco, e não tinha nenhuma dificuldade para trocar passes entre seus jogadores que tinham espaço para receber a bola e pensar no lance seguinte, e com o posicionamento estático da organização defensiva do CSKA foi fácil encontrar os espaços e criar as jogadas.
O resultado dessa postura dos russos foi o placar de 3-0, onde o Bayern de Munique teve aproximadamente 70% da posse de bola, praticamente monopolizando a partida, e o time de Moscou chutou em gol apenas 2 vezes.
Lahm foi utilizado como jogador de meio-campo recuado, vindo buscar o jogo junto a defesa, foi ele o maior responsável em gerir o ritmo de jogo do time, realizou 108 passes, demonstrou grande visão de jogo além de suas aptidões técnicas no controle de bola, condução e passes precisos, quem também contribuiu para boa partida de Lahm foi o meia Kroos, por vezes, Lahm progredia com a bola pelo centro e Kroos foi o seu guarda-costas, recuando um pouco ou ficando ao seu lado.
Ribery e Robben jogaram abertos pelas pontas, mas todo setor ofensivo teve bastante mobilidade, por vezes um destes fechava pelo meio, Robben era quem mais realizava a diagonal, enquanto Muller frequentemente caia para ponta direita. Mandzukic chegou a servir como pivô para realizações de tramas ofensivas, além de valer-se da sua forte presença de área.
Mas, em meio a tantos bons jogadores e a um time que desempenhou tão bem suas funções táticas, foi Alaba quem "roubou a cena", primeiro, ao marcar o um gol em cobrança de falta e depois, no último gol, realizando bela assistência para Robben.
Vale ressaltar outro erro de aplicação prática no time russo, o lance do terceiro gol foi causado por uma falha coletiva que pretendia realizar algo treinado. Ribery vinha com a bola pelo flanco direito, chegando próximo a linha de fundo e tendo um marcador com ele, após realizar o cruzamento que não teve o efeito esperado, a bola saiu da zona da grande área, nesse instante, os jogadores do CSKA avançaram a última linha de marcação, sem perceber que um deles não conseguiria alinhar a tempo, (justamente o marcador que acompanhou Ribery até a linha de fundo), Alaba estava atento e Robben também, o holandês ficou entre o tal marcador e os outros homens do adversário, então recebeu a assistência de Alaba e ficou sozinho de frente para Akinfeev disparando um chute violento que selou o placar.
No primeiro tempo o CSKA praticamente não tocou na bola, foi somente na segunda parte do jogo que conseguiram um pouco mais de posse, muito mais pelo adversário ter diminuído a intensidade do que por esforço próprio, em nenhum momento realizaram pressão realmente eficaz na saída de bola do Bayern, como se já tivesse aceitado a derrota fora de casa. Nos poucos momentos em ofensiva, Honda mostrou-se o jogador mais criativo do time, bastante técnico, capaz de conduzir a bola com eficiência, mas ficando sem opções de companheiros com quem jogar.
O centroavante Musa praticamente morreu de tédio no ataque, pouco ativado na ofensiva, quem sabe poderia ter sido usado para jogadas em velocidade com passes longos atrás da zaga bávara, mas esse expediente não foi usado. O brasileiro Vitinho esteve bastante apagado no jogo.
Conclusão e análise do resultado
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