Seleção portuguesa, análise dos jogos contra Rússia e Irlanda do norte

SELEÇÃO PORTGUESA NAS ELIMINATÓRIAS PARA COPA DE 2014


2014 está mais perto do que parece, enquanto o Brasil tem a sua vaga na Copa do Mundo garantida por ser o país sede, as outras seleções estão lutando por uma vaga na competição. Um dos países que está nessa luta é Portugal e é com grande prazer que trazemos aos nossos leitores uma análise dos últimos dois jogos realizados pelo selecionado português nas Eliminatórias para Copa do Mundo.

Por: Pedro Silva

 

PORTUGAL 0 vs 1 RÚSSIA

12/10/2012 - Moscou (Rússia)
  • Pressão alta da Rússia obrigou que Portugal tocasse a bola a na defesa, não conseguindo sair em posse com a qualidade desejada;

    A partir do golo, a Rússia baixou o bloco, deixando Portugal progredir no terreno e explorando as 
    transições rápidas ofensivas, verificou-se principalmente com a saída de Kerzhakov e a entrada de Eshchenko (médio defensivo) e a passagem de Kokorin para o centro sendo apoiado por Bystrov e Gulshakov
  • Durante todo jogo a Rússia foi uma equipa equilibrada defensivamente.
Análise das substituições:

Portugal
Coentrão – Miguel Lopes
Pela necessidade de substituir um jogador lesionado e como M. Lopes era a única opção direta para as laterais, foi uma boa escolha.
R.Micael – Varela
Esperava-se mais dinamismo ofensivo com a inversão do triângulo e com Nani no apoio aos avançados com Ronaldo e Varela nas alas para dar profundidade.
Éder – Postiga
Refrescar o ataque e colocar um jogador mais móvel e energizado.

Rússia
Bystrov – Samedov
Com Bystrov em má forma a ideia foi colocar um jogador tecnicamente semelhante.
Kerzhakov – Eschenko
É o expoente máximo da ideia de Capello, coesão defensiva e velocidade na transição, passando Kokorin para o centro.
Fayzulin – Glushakov
Com a entrada de Glushakov e a saída de Fayzulin, sai um médio-ofensivo que caía para as alas e entra um ala puro, fresco e rápido para dinamizar e explorar o balanceamento ofensivo de Portugal.

 

Portugal 1 vs 1 Irlanda do Norte

16/10/2012 - Porto (Portugal)

Irlanda:
  • Entrou com bloco médio, a pressionar a segunda zona de construção Portuguesa.
  • Equipe que esconde muito a bola do adversário
  • Muito forte no jogo aéreo e explora as bolas paradas, devido ao tipo físico dos jogadores
  • Tentou a partir do minuto 10, jogar de forma direta, centralizando o seu jogo em Lafferty ou em transição rápida
  • Não fez qualquer substituição, o que demonstra a confiança nos onze titulares ou a falta de soluções no banco de reservas.
  • A preparação física dos jogadores Irlandeses demonstrava-se excelente.
Portugal:
  • Os laterais apoiaram muito o ataque, com Miguel Lopes a ficar pela linha, deixando os espaços interiores para o ala, do lado direito, o ala fica na linha e o lateral procura zonas interiores, desapoiando a defesa;
  • Portugal tem movimento de equipa de posse (jogadores sem bola) mas o portador da bola procura o jogo rápido;
  • Portugal muda para o 4-2-3-1 com a entrada de Amorim, tendo assim sempre alguém nas costas de Postiga;
  • Acaba o jogo em 3-2-1-4, com Bruno Alves, Pepe e Veloso na defesa; Moutinho e Amorim como meio-campistas, com Nani entre as linhas, Ronaldo na esquerda e Varela na direita, Postiga e Éder no meio do ataque.

Portugal somou apenas 1 ponto nas partidas contra Rússia e Irlanda

CONCLUSÃO SOBRE OS JOGOS

A Portugal faltou:
  • Certo dinamismo ofensivo e criatividade
  • Proximidade das linhas médias e ofensivas
  • O elo de ligação e finalização, Raúl Méireles
  • A muleta, o suporte ofensivo de Ronaldo, Coentrão, lesionou-se e quem o substitui não cumpriu bem a sua função
  • Agressividade defensiva
  • Imaginação na transição ofensiva
Melhor jogador:

Bruno Alves – grande certeza no passe e eficácia defensiva, nunca perdeu a lucidez e foi sempre assertivo no posicionamento e nas transições, valeu a ele o cruzamento para a cabeça de Éder que assistiu Postiga e garantiu um ponto a Portugal.

Por: Pedro Silva que também escreve na página do facebook: Futebol - relatórios e táticas, clique aqui, para acessar a página. 

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